As Mulheres Honradas e Insubmissas de Angola

Esta obra descreve o que foi a educação africana das jovens raparigas e as contradições duma escolarização e de uma assimilação cultural forçadas no sistema português, sistema onde a Igreja Católica e o Estado rivalizavam na destruição da civilização autóctone. É um testemunho que fala dos tipos de mulheres da Angola profunda do período pré-colonial e colonial e o processo evolutivo ocorrido no modo de vida dessas mulheres, violentadas, deportadas, instaladas em vilas e submetidas às consequências da política de “branqueamento”, desenvolvida por Portugal. "Mãe do mundo", segundo a tradição onde o seu feminismo activo esta enraizado, Dya Kasembe lança um apelo as mulheres para que a despeito das querelas masculinas, se unam e devolvam vida a terra, seguindo a boa tradição de mulheres inconformadas, rebeldes e insubmissas como Njinga Mbandi, Kimpa Vita, Bakita, Deolinda Rodrigues, entre outras.