O mundo que atravessa o teu belo romance é um mundo de guerra (mbuanga), com o seu cortejo de horrores: raptos, insegurança, medos, fome e morte. Mas, julgo eu, a mensagem que subjaz à tua obra literária, como um cacimbo que penetra subtilmente até aos ossos, é a do amor, da esperança de melhores dias para tua gente do país que tanto amas, Angola.

Viver e Morrer em Angola julgo ser o primeiro romance angolano que, aborda de modo frontal, "desapaixonadamente imparcial", corajoso e, diria mesmo, patriótico, o tema-tabu das recentes "guerras angolanas", que, quer queiramos ou não, farão parte da rica história da tua querida Pátria.


Américo Correia de Oliveira
In Prefácio